quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Atribuições do Tutor na EaD

Universidade Estadual da Paraíba

Coordenação Institucional de Programas Especiais – CIPE

Secretaria de Educação a Distância – SEAD
Curso de Formação de Tutores
Orientação Pedagógica em Educação a Distância
Tutora: Milena Araújo
Cursista: Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Data: Boa Vista-RR, 16 de Setembro de 2009.

Atribuições do Tutor na EaD

Ao Tutor on line, cabe o papel e acompanhar e orientar os cursista, proporcionando condições para que possa construir sua própria aprendizagem, através de sua autonomia e independência. No artigo de autoria MALVESTITI, Mirela Luiza, intitulado: Tutoria em cursos pela Internet, apresenta de forma clara, as atribuições do tutor. Assim, destaco o seguinte aspecto:

"É importante salientar que não existe um modelo único de tutoria a será dotado, ele depende de cada contexto e de cada Instituição. O papel do tutor é diferente do papel do educador em uma situação de ensino presencial. O sistemade tutoria deve ser visto como uma educação individualizada e cooperativa, ondeo educador assume o papel de orientador do aluno e coloca a sua disposição recursos que permitam ao aprendiz estudar de forma autônoma, alcançando os objetivos do curso."


A Universidade Aberta do Brasil da UniversidadeFederal de Roraima - UAB/UFRR, enfatiza desde a publicação do Edital para seleção de tutores, suas funções, carga horária, assim como a participação no Curso de Formação de Tutoria, projeto que faço parte desde 2007.


Além dos vários papéis desempenhados pelos tutores, como: Professor, Monitor, Suporte Administrativo, Coordenador, Cursistas, etc., deverá exercer um controle contínuo do curso, facilitando a comunicação entre todos (CAMPELLO, 2009), e considera fundamental que os Tutores devem “ter habilidade e conhecimentosuficiente para utilizar – e parainduzir os participantes a utilizarem – o potencial pedagógico de recursos computacionais, tais como programas (de forma especial os software livres) e os demais recursos da Internet.

Entretanto, o passo inicial para o êxito do trabalho do Tutor, será o seu planejamento prévio, conforme segue abaixo a proposta apresentada por mim, ALBUQUERQUE,Teresa, no curso de Tutoria em Ead promovido pela Secretaria de Educação a Distância do Ministério de Educação em 2005 -

Cada tutor acompanhará, a distância, um grupo de alunos desempenhando as atribuições listadas abaixo:

  • Conhecer o Projeto Pedagógico do Curso, sua organização, estrutura e funcionamento, o material didático das disciplinas e o sistema de tutoria da Universidade;
  • Organizar, juntamente com o Coordenador do Curso, a logística necessária para a realização dos eventos presenciais nos pólos: videoconferências, seminários, reuniões, avaliação de aprendizagem e demais atividades previstas no calendário acadêmico ou programadas pela coordenação do curso;
  • Planejar e propor, com aceite do professor ministrante, as atividades de avaliação da aprendizagem, bem como os critérios de correção;
  • Centralizar o recebimento de trabalhos do seu grupo de alunos (relatórios, exercícios, artigos, etc);
  • Participar, controlar e atribuir nota às avaliações do curso;
  • Corrigir as avaliações presenciais e trabalhos;
  • Auxiliar os tutores presenciais esclarecendo dúvida sobre os conteúdos abordados nos materiais didáticos do Curso e nas atividades propostas;
  • Avaliar o material didático e o ambiente de aprendizagem do curso, sugerindo eventuais mudanças;
  • Alimentar a plataforma de aprendizagem com as informações necessárias e as solicitadas pela Coordenação do Curso e pelo Professor ministrante;
  • Elaborar e encaminhar relatórios solicitados pela Coordenação do Curso;
  • Manter contato constante com os tutores presenciais para fins de acompanhamento e orientação sobre assuntos pertinentes ao curso, disciplinas e atividades com os alunos;
  • Acompanhar diariamente seu correio eletrônico, respondendo às solicitações dos responsáveis pelo curso, tutores presenciais e alunos em no máximo 24 horas;
  • Fornecer retorno ao professor ministrante sobre trabalhos e avaliações realizadas;
  • Auxiliar o professor ministrante em todas as necessidades do curso;
  • Articular e viabilizar o trabalho de Orientação Acadêmica;
  • Responsabilizar-se pelo acompanhamento do processo de avaliação em suas múltiplas dimensões;
  • Responsabilizar-se pela distribuição do material didático.

PLANO DE TRABALHO PARA TUTORIA

Perfildo tutor para EaD on-line:

A partir das qualidades essenciais ao tutor,definir o perfil do tutor para EaD on-line:

  • Ter disponibilidade para se comunicar com seus alunos através de encontros programados durante o curso, por meio de chats ou fóruns de discussões;
  • Dialogar e trocar experiências;
  • Ser amigável e encorajador, motivando o aluno e orientando-o nas carências técnicas ou científicas; possuir clareza do que seja avaliar;
  • Propor desafios e reflexões;
  • Possuir computador de fácil manuseio e acesso;
  • Deve estar ciente de tudo o que ocorre no ambiente;
  • Monitorar todas as mensagens;
  • Transmitirem todos os momentos do curso, muita segurança e conhecimento, mais segurançaque conhecimento. O forte da questão é mediar;
  • Estar presente por meio da interação, quer dizer, comentando as mensagens dos cursistas, os comentários exigem atenção e cuidado;
  • Não devem descuidar das respostas, por breve que sejam. A atenção é muitíssimo importante para o cursista; e
  • Trabalhar sobre o prisma da matriz humanizante.

Tarefas do tutor com relação ao:

Cursista:

  • Elaboração de planilha com os dados dos cursistas contendo:
  • nome, área de conhecimento, área deatuação, nível de escolaridade, cidade/estado, e-mail, telefones (casa, celular etrabalho);

Conteúdoe aos materiais do Curso:

  • Ter bom domínio do conteúdo e das atividadesa serem desenvolvidas;
  • Elaborar agendas conforme a quantidade de material a ser estudado com prazos bem definidos.

Ambientede aprendizagem:

  • Elaboração de manual de orientação para navegação no ambiente E-proinfo;
  • Definição do espaço para publicaçãodas atividades (fóruns, biblioteca)
  • Envio de cartas de boas vindas pore-mail e publicação na ferramenta Apoio/Avisos.
  • Disponibilizar um fórum paraTira-Duvidas do E-proinfo; e
  • Publicação de textos com apresentaçãodo tutor no fórum.

Estudoa ser desenvolvido pelo aluno:

  • Informar os objetivos, metodologia, conteúdo, avaliação, etc., sobre o curso;
  • Disponibilizar referências bibliográficas;
  • Publicar os textos e atividades queserão estudados;
  • Definir período das atividades por meio de agendamento;

Relacionamentoà distância dos componentes do processo (aluno/material didático, aluno/tutor,aluno/aluno).

  • Envio de carta de apresentação do tutor ao cursista e de boas vindas;
  • Verificar e-mail diariamente, caso necessário, criar um novo e-mail;
  • Envio de e-mail com orientações sobre a navegação do ambiente virtual;
  • Salvar e arquivar os materiais publicados pelos cursistas;
  • Criar habito de acessar fóruns diariamente e interagir com os cursistas;
  • Manter clima de harmonia entre todos os participantes;
  • Dar prioridade ao espaço virtual específico – E-proinfo – para interação e publicação de atividades;

Evitar dispersões

  • Destacar a importância da matriz humanizante entre todos e publicar textos de reflexão.

Atividades prioritárias da rotina da tutoria para:

Organização do conteúdo e do tempo:

  • Ter um bom domínio de conteúdo e das atividades a serem desenvolvidas;
  • Fazer uma análise minuciosa dos conteúdos e verificar quais atividades estão apropriadas;
  • Manter o controle das atividades publicadas por meio de planilhas de acompanhamento; e
  • Elaborar agenda com prazos bem definidos para o estudo dos conteúdos e atividades.

Elaboraçãode mensagens para:

  • Abertura de tópicos nos fóruns;
  • Avisos, no máximo por semana,objetivando manter o cursista bem informado;
  • Enviar por e-mail alertando dosprazos, novidades, avisos, etc.; e
  • Responder imediatamente as mensagensde cada cursista assim que as ler.

Acompanhamentoacadêmico:

  • Acontecerá através de planilhas de acompanhamento das atividades realizadas; e
  • Planilha de avaliação (quantitativa equalitativa) constando os respectivos conceitos conforme critérios da instituição.

Conferir um toque pessoal ao trabalho;

  • Elaborar mensagens claras e suscintas;
  • Utilização de termos de tratamento carinhosos e adequados ao se comunicar com o cursista (via fórum, e-mail,telefone, etc.);
  • Caso a maioria dos alunos não concluírem as atividades no prazo previsto, marcar outra data em acordo (1 ou 2 dias a mais conforme a necessidade); e

Prevenira evasão:

  • Enfatizar que está a disposição paratirar as dúvidas e auxiliar o cursista nas atividades, deixando-o mais seguro por se tratar de um curso Ead; e
  • Prolongar o prazo da publicação da atividade em caráter especial para o cursista que “pensa” em desistir do cursoe oferecer auxílio para vencer as dificuldades.

Avaliaçãoda aprendizagem do aluno:

  • Elaborar planilha de acompanhando de caráter qualitativo e quantitativo das atividades e enviar semanalmente para os cursistas;
  • Comentar as atividades publicadas no Diário de Bordo, na Biblioteca, Fóruns, etc.
  • A Interação nos fóruns faz parte do sistema avaliativo do curso Ead, assim, manter sobre controle a participação dos alunos; e
  • Propor dos cursistas avaliação e auto-avaliação do módulo estudado e o desempenho da tutoria.

REFERÊNCIAS

GONZALEZ,Mathias. Fundamentos da Tutoria emEducação a Distância. São Paulo,Avercamp, 2005.

JAEGER,Fernanda Pires, ACCORSSI, Aline. Tutoriaem Educação a Distância. Disponível em: http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=4abed&infoid=119&sid=121 .Consultado em: 21 nov. 2005.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Disponível em: http://www.mec.gov.br . Consultado em 02/09/2003.

MÓDULO TUTORIA. Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação. Disponível em: http://.www.eproinfo.gov.mec.br.Consultado em: 21 nov 2005.

SOUSA, Maria de Fátima Guerrade. Manual de Estudos: Aprender a Aprender em Educação a Distância.Brasília:Sesi-DN, 2001.

VALENTE, Francisco. Re: [Ead-l] Perfil do aluno e doprofessor on-line. Mensagem dispon[ivel em: ead-l@ead.unicamp.br. Em 16 setembro 2003.


Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Boa Vista-RR, 16/09/2009.

Concepções de Educação a Distância

Universidade Estadual da Paraíba

Coordenação Institucional de Programas Especiais – CIPE

Secretaria de Educação a Distância – SEAD
Curso de Formação de Tutores
Orientação Pedagógica em Educação a Distância
Tutora: Cecília Queiroz
Cursista: Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Data: Boa Vista-RR, 04 de Julho de 2009.

Concepções de Educação a Distância

Um dos fatores que gerou mudanças significativas dentro do processo educacional diz respeito ao avanço das tecnologias, influenciando todos os segmentos da sociedade. Conceituar Educação não é tarefa fácil, os estudiosos possuem opiniões diferentes, COSTA (2009) justifica:

O Conceito de Educação é um conceito dificil de definir, tendo sofrido alterações ao longo dos tempos. Na antiguidade os factos eram transmitidos pela sua demonstração, cativando deste modo a atenç&a tilde;o dos ‘alunos’. Mas com o aumento abrupto e exponencial da informação, e também de pessoas sedentas de informação, não se soube encontrar um método de ensino capaz de transmitir os factos com uma componente prática, chegando-se ao actual estado de ensino teórico e rigido.

Poderíamos destacar a concepção na visão de alguns estudiosos, por exemplo, Paulo Freire “percebe o homem como um ser autônomo. Esta autonomia está presente na definição de vocação ontológica de ‘ser mais’ que está associada com a capacidade de transformar o mundo”. (ZACHARIAS, 2009), sendo antagônica às abordagens tradicionais, onde o professor era o transmissor dos conteúdos que deveriam ser memorizados pelos alunos.

MORAN (2000) dia que educação está bem além de ensinar: “é ajudar a integrar ensino e vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, e ter a vida numa totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, a encontrar nosso caminho intelectual,. Emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade que vivemos”.

Podemos destacar algumas concepções que relacionam a educação com a sociedade:

1. Segundo o filósofo francês Louis Althusser - teórico das ideologias - a educação está relacionada com os aspectos econômicos, sociais e políticos, ou seja, os saberes são determinados pelas classes dominantes, em outras palavras; e

2. A educação deve constituir-se em meio de realização de uma concepção da sociedade, a partir da crítica dessa mesma sociedade.

A reflexão sobre as concepções da educação vai ao encontro do processo de transformação/evolução da sociedade, e a educação a distância está inserida neste processo, possibilitando novas formas de formação com o advento das tecnologias.

Dentro deste contexto, ou seja, tecnologia, segue alguns conceitos de educação a distância citados por SOUSA (2007):

“O ensino à distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser de massa e que substitui a interação pessoal entre professor e aluno na sala de aula, como meio preferencial do ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e tutoria que propiciam a aprendizagem autônoma dos estudantes”. (Aretio, 2001).

“Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação”. (Decreto 2.494, de 10 de fevereiro de 1998).

Particularmente, poderia apresentar uma reflexão a cerca da Educação Permanente com a frase popular: “A educação vem de berço”, após as leituras, adquire novo complemento: “A educação vem de berço variando de acordo com época”, ou seja, os valores familiares passaram por mudanças, sendo determinadas pelo momento histórico, conforme citado no texto (BOMFIM, 2002): “A educação expressa os valores de uma sociedade em determinada época e serve a seus interesses, assim está sempre referida a uma sociedade historicamente situada.” Atualmente detectamos esta realidade facilmente, por

REFERÊNCIAS

COSTA, João Pedro Matos da. O Classico conceito de educação. Disponível em: . http://student.dei.uc.pt/~jcosta/sf/Educa_Port.html. Consultado em: 28 jun 2009.

MORAN, José Manuel et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 8 ed. Campinas,SP; Papirus, 2000. (Coleção Papirus Educação).

UNIDADE I – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO: Concepção de Educação. Disponível em: http://ead.uepb.edu.br/ava2/. Consultado em: 28 jun 2009.

SOUSA, Maria de Fátima Guerra. Criar aprendizagem: ofíciio e desafio do aluno a distância. Módulo 2: Unidade 1. Arteduca. Disponível em:

ZACHARIAS, Vera Lúcia Camara. Paulo Freire e educação. Disponível em: http://www.centrorefeducacional.com.br/paulo1.html. Consultado em: 28 jun 2009.

Autora do Módulo: Criar aprendizagem: ofício e desafio do aluno a distância, publicado no Curso de Especialização Arteduca: Arte, Educação e tecnologias Contemporâneas oferecido pelo Instituto de Artes/UnB/2008.

O autor citado BOMFIM, 2002, está citado no texto 3: “Concepção de Educação” da Unidade I: Fundamentos e Políticas de Ead do Curso de Formação de Tutores.

Atribuições do Tutor relacionado com os demais componentes do Sistema Ead

Universidade Estadual da Paraíba

Coordenação Institucional de Programas Especiais – CIPE

Secretaria de Educação a Distância – SEAD
Curso de Formação de Tutores
Orientação Pedagógica em Educação a Distância
Tutora: Milena Araújo
Cursista: Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Data: Boa Vista-RR, 16 de Julho de 2009.

ATRIBUICOES DO TUTOR RELACIONADO COM OS DEMAIS

COMPONENTES DO SISTEMA EAD

TUTOR: facilita o desempenho dos participantes, promovendo debates, garantindo a permanência de todos no curso e o sucesso da aprendizagem significativa e um desempenho favorável por parte de todos os envolvidos no processo, como: Professor, Monitor, Suporte Administrativo, Coordenador, Cursistas, etc. Deverá exercer um controle contínuo do curso, facilitando a comunicação entre todos (CAMPELLO, 2009).

Professor: Assim como o professor, o tutor possui conhecimento total dos conteúdos das disciplinas do curso. O tutor possui contato direito com o professor por meio de reuniões presenciais e pelo ambiente virtual (GONZALEZ, 2005).

Aluno: o tutor possui contato direto com os cursistas, responsável pela Interação, além de estimular o senso de comunidade na turma, desempenhando um importante papel social. GONZALEZ (2005) destaca num dos capítulos da sua obra Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância, A Arte da Sedução Pedagógica na Tutoria em EAD: “O professor-tutor investe na construção de respeito e confiança, buscando despertar o amor pelo conteúdo e visando superar os obstáculos encontrados pelo aprendiz”.

Monitor: o tutor também desempenha a função de monitor quando auxilia o professor na correção das atividades, esclarecendo as dúvidas dos cursistas e interagindo com os cursistas.

Suporte Técnico: No contato direto com o cursista via ambiente virtual, esclarece as dúvidas relacionadas ao funcionamento do sistema, por exemplo, nas instalação de um software, programação virtual, etc. GONZALEZ (2005) define este profissional por Orientador de Ambiente, sendo um “especialista de computação. Ele deve ter amplo conhecimento da plataforma virtual que os cursistas utilizaram”. Na UAB/UFRR, chama-se Tutor a Distância Avançado, possui contato direto com os Tutores a Distância, Professores e também com os cursistas. Segundo CAMPELLO (2009): “Os tutores devem ser competentes para usar as ferramentas e recursos do ambiente virtual de aprendizagem utilizado”.

Suporte Administrativo: O tutor assume a função do suporte administrativo principalmente no processamento das notas, entre outros. Na UAB/UFRR, quem está responsável pela matrícula dos cursistas são os Tutor a Distância Avançado com o acompanhamento dos professores.

Administradores: são responsáveis por toda a gestão do sistema EaD, decidindo por exemplo sobre os equipamentos, contratações, prazos e prioridades.

Conteúdo Pedagógico: O tutor precisa ter conhecimento do conteúdo pedagógico do curso, além do plano de ensino, guia didático, atividades propostas, etapas a serem cumpridas e objetivos de cada unidade.

Mídias: O tutor precisa ter saber utilizar as mídias que serão utilizadas ao longo do curso, principalmente saber orientar o cursista no seu início, quando aprendem a utilizar o ambiente virtual de aprendizagem e suas ferramentas disponíveis (fóruns, chats, etc.), ou material impresso, internet, CD, DVD, TV e rádio. Além das mídias disponíveis, torna-se importante que o tutor possua no seu computador de trabalho algumas ferramentas/programas instalados para o bom desempenho da sua função junto aos alunos, exemplo: GONZALEZ (2005)

- Adobe Acrobat Read: permite visualizar arquivos em *.pdf;

- Programa para recebimento de arquivos de áudio e vídeo (exemplo: Real Play, Winanp)

- Programa para compactar e descompactar arquivos (exemplo: winzip)

- Navegador para Internet (exemplo: Internet Explorer, Mozilla Firefox)

CAMPELLO (2009) considera fundamental que os Tutores devem “ter habilidade e conhecimento suficiente para utilizar – e para induzir os participantes a utilizarem – o potencial pedagógico de recursos computacionais, tais como programas (de forma especial os software livres) e os demais recursos da Internet.


Sistema de Gestão de Aprendizagem:
é constituído pela equipe responsável que controla o acesso ao curso, geram matriculas, dão suporte a comunicação, registram a freqüência, verificam as interações entre professores e cursistas e entre cursistas.


REFERÊNCIAS

CAPELLO, Sheila. Módulo 2: Fundamentos da aprendizagem a distância. Unidade 2: Mediação pedagógica. Disponível em: http://arteduca.unb.br/ava/. Acesso em: 15 mai 2009.

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE TUTORES: Unidade 2 – O tutor: papéis e Ações. Disponível em: http://ead.uepb.edu.br/ava2/. Acesso em julho 2009.

GONZALEZ, Mathias. Fundamentos da Tutoria em Educação a Distância. São Paulo. Avercamp, 2005.

Possibilidades concretas de avaliar a distância

Universidade Estadual da Paraíba

Coordenação Institucional de Programas Especiais – CIPE

Secretaria de Educação a Distância – SEAD
Curso de Formação de Tutores
Orientação Pedagógica em Educação a Distância
Tutora: Milena Araújo
Cursista: Teresa Kátia Alves de Albuquerque
Data: Boa Vista-RR, 02 de Outubro de 2009.


POSSIBILIDADES CONCRETAS DE AVALIAR A DISTÂNCIA

“Não estudamos primeiro, para depois sermos avaliados. Somos avaliados enquanto estudamos, e estudamos enquanto somos avaliados”.

(DEMO, 1998, p.285).


O processo de avaliação dos cursos na modalidade a distância torna-se um desafio para o educador, porque está atrelado ao processo de mudanças que passa do sistema educacional atualmente, sendo alvo de muitas discussões em todos os segmentos de uma sociedade contemporânea. Porém, podemos considerar que a prática avaliativa em muitos cursos oferecidos a educação a distância não está desvinculada da educação presencial, conforme está prescrito na própria legislação, ou seja, Decreto no. 5.622. de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996:


Art. 4o A avaliação do desempenho do estudante para fins de promoção, conclusão de estudos e obtenção de diplomas ou certificados dar-se-á no processo, mediante:

I - cumprimento das atividades programadas; e

II - realização de exames presenciais (PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, 2009).


As avaliações presenciais podem ser realizadas de várias formas, não precisa ser necessariamente “in loco”, ou seja, com a presença do discente e docente, poderíamos citar um exemplo utilizando um recurso tecnológico: a videoconferência. Esta possibilidade é defendida por Demo (1998, p.285), no sentido de que “seria viável um diálogo ‘pessoal’ entre o orientador e seu aluno através de devida instrumentalização eletrônica que facilitasse a um ver o outro no mesmo instante”, ainda complementa: “Certamente, esta possibilidade vai prosperar no futuro e será outra facilidade”.

Percebe-se que, atualmente a forma de avaliação na educação a distância está sendo aplicada de várias maneiras e que depende da proposta pedagógica do curso apresentada pela instituição, assim como enfatiza Moran (s.d.):

A EAD atual, com a Internet, está podendo diversificar as formas de avaliação. Pode combinar momentos de avaliação a distância com os presenciais, de avaliação do conteúdo e do processo, das atividades individuais e grupais, da construção individual (pesquisa, portfólio) com a coletiva. Isso é novo e até há pouco, sem a Internet, seria muito mais difícil de realizar e gerenciar.


Na minha concepção como tutora em cursos de educação a distância, em termos de responsabilidade, considero o estudo a distância igual como os outros que são presenciais, no que diz respeito ao cumprimento das atividades. E, por levar a sério as propostas apresentadas, é que me dedico aos cursos que participo, porque sei que estou sendo acompanhada por um professor habilitado para exercer esta função, ou seja, que ministra curso on-line para alunos distantes geograficamente.

Em alguns cursos, a proposta curricular já estava disponível, neste caso, minha expectativa era maior do que aquela em que o conteúdo ia sendo disponibilizado no decorrer do curso. Uma das maiores preocupações era de não alternar nenhuma atividade, ou seja, pular a seqüência, porque a próxima era mais fácil de realizar. Neste caso, sempre procuro seguir a hierarquia das unidades/módulos disponíveis.

Um ponto que mais me chama atenção no que se refere a avaliação é exatamente a auto-avaliação, questão esta que sai dos padrões normais do ensino presencial e, por incrível que pareça, é mais difícil. Na prática, ocorre assim: realizo minhas atividades criteriosamente e depois elaboro um relatório com o que aprendi. O mais incrível, é que sempre aprendo coisas novas, através das leituras disponibilizadas e depois analisadas, interação com os professores e colegas por meio dos fóruns, compartilhamento das atividades dos colegas, etc.

Contextualizando a questão da auto-avaliação, transcrevo abaixo a solicitação aos cursistas do Curso de Especialização Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas/ARTEDUCA, oferecido pelo Instituto de Artes/IdA, da Universidade de Brasília/IUnB (CAMPELLO, s.d):

1. O texto do módulo e a estratégia para seu desenvolvimento.

2. O acompanhamento e apoio da tutoria.

3. O acompanhamento e apoio da coordenação.

4. Farão, também, uma auto-avaliação da participação de vocês.


Podemos verificar que, cada curso ofertado possui critérios próprios de avaliação da aprendizagem do cursista. Dentro da minha vivência em educação a distância, apresento os critérios de avaliação dos seguintes cursos:

· Programa de Formação Continuada em Mídias na Educação: curso ofertado pela Secretaria de Educação a Distância/SEED - Ministério de Educação e Cultura/MEC: A avaliação deverá ser continuada, lançando mão de procedimentos e instrumentos adequados à proposta pedagógica do curso e às necessidades dos cursistas, para garantir o desenvolvimento integrado e contínuo das aprendizagens e competências. As avaliações incluirão procedimentos de auto-avaliação, avaliação a distância e presencial, participação no projeto integrador e elaboração do projeto final, conforme a certificação pretendida (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2008).

· Arte, Educação e Tecnologias Contemporâneas/ARTEDUCA-IdA/UnB, oferecido pelo Instituto de Artes/IdA, da Universidade de Brasília/IUnB (Campelo, 2006): O curso considera principalmente a uma participação com conteúdo e fundamentada na metodologia do curso, segundo Campello (2006): “A participação que esperamos deve contemplar os conteúdos a serem estudados, considerar a metodologia colaborativa e a matriz humanizante e contribuir para que os objetivos da equipe sejam alcançados”. A avaliação é representada por conceitos: SS significa uma excelente participação; MS uma boa participação; MM corresponde a uma participação apenas satisfatória; MI uma fraca participação; II fraquíssima participação; e, SR significa que não houve nenhuma participação do aluno Existe uma correspondência numérica para cada um desses conceitos, mas isso não é um dado muito relevante, visto que avaliamos mais a qualidade da participação do que o produto final dos trabalhos. É importante salientar que a participação em fóruns no processo de elaboração das atividades (individuais e colaborativas) tem um peso maior para o curso. Vale salientar que esta concepção de Avaliação Está Fundamentada Em Luckesi (s.d.), no artigo Intitulado: “Transformação da medida em nota ou conceito”.

· Curso de Formação de Tutores – oferecido pela Universidade Estadual da Paraíba/UEPB (UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA, 2009): A avaliação dos cursistas tomará por parâmetro as diretrizes apresen­tadas no próprio curso de capacitação que orientam adoção de uma siste­mática adequada às características do seu público alvo e ao distanciamen­to físico entre professor, tutor e aluno considerando os seguintes critérios: domínio de conteúdo, objetividade e coerência textual. Assim, pensamos em uma heterogeneidade de atividades cuja finalidade é contemplar a di­versidade do conjunto de cursistas. As médias das atividades obrigatórias correspondem a 40% da média final (possuem peso 4) e a atividade final corresponde a 60% da média final (peso 6). Assim, a fórmula para o cálculo da nota final será: Nota final = (média das notas das atividades obrigatórias x 0,4) + (nota da atividade final x 0,6).

Analisando sobre as semelhanças dos cursos citados, poderíamos destacar o processo de avaliação, sendo contínua e processual, que envolve as produções individuais e colaborativas para o processo ensino-aprendizagem pessoal, dos colegas e dos professores. Na verdade, todas as participações no Ambiente Virtual de Aprendizagem-AVA, são objetos de avaliação, o conteúdo das atividades publicadas, a forma de interação com os colegas, a pontualidade, a assiduidade, participação nos fóruns e chats, entre outros (UEPB, s.d. p. 224). Além disso, frequencia no ambiente virtual de suma importância, ou seja, se o aluno acessar o AVA apenas uma vez por semana, e apenas posta suas atividades, não estará engajado no processo proposto por esta modalidade de ensino-aprendizagem.

Alguns conceitos de teóricos serão destacados para melhor esclarecer do sobre a temática: avaliação:

Conforme Luckesi (s.d.): “O termo avaliar também tem sua origem no latim, provindo da composição a-valere, que quer dizer"dar valor a..:". Porém, o conceito "avaliação" é formulado a partir das determinações da conduta de "atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação...", que, por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou curso de ação avaliado. Isto quer dizer que o ato de avaliar não se encerra na configuração do valor ou qualidade atribuídos ao objeto em questão, exigindo uma tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma conseqüente decisão de ação”.

Para Demo (1998, p.285), a avaliação é uma “...estratégia permanente de sustentação da aprendizagem formal e política do aluno, com base em diagnósticos constantes e capacidade de intervir de maneira educativa”.

O processo de avaliação na visão de Moran (s.d.), “...seja ela virtual ou presencial, deve ser continuada...”, que engloba além da participação do aluno, a “pesquisa, o desenvolvimento de projetos, a criatividade nos trabalhos, a organização e, sobretudo, a flexibilidade com que o aluno faz conexões e relações entre em diversos temas, autores e áreas de conhecimento devem ser levados em consideração na avaliação”.

Quando a questão da evasão[1] dos cursos oferecidos na modalidade a distância é tema de muita discussão atualmente. Segundo a UEPB (2009, p.214): “Várias são as causas da evasão em sistemas de EaD, mas um dos fatores mais significativos é a ineficiência do sistema tutoria”. Entretanto, a experiência na tutoria de cursos a distância, concordo em parte com este fator, porque, em vários cursos oferecidos, o tutor possui a incumbência de avaliar o cursista, desempenhando um papel fundamental neste processo nos cursos a distância, acompanha diretamente a realização e publicações das atividades, anto no aspecto quantitativo (número de mensagens postadas) como qualitativo (produção do conteúdo, interação, contribuições).

Dentro deste contexto, relaciono outros fatores que podem influenciar, dos quais constatei no Curso de Especialização do Programa de Formação Continuada em Mídias (Albuquerque, 2007):

· o Estado não atendeu a alguns critérios básicos para a seleção dos cursistas (possíveis desistentes);

· faltou apoio para o acesso dos professores aos Laboratórios de Informática;

· alunos professores com pouca noção de Informática, Internet;

· alguns professores já possuem e/ou estão cursando concomitantemente outros cursos de pós-graduação Latu Sensu;

· professores que não estão atuando em sala de aula;

· cursistas que não apresentam o perfil de aluno “on-line”; e

· atraso no recebimento do recurso didático (CDs), culminado em desinteresse.

Os fatores acima citados, no entanto, não desmotivam os tutores, visto que várias ações são realizadas objetivando a recuperação dos cursistas evadidos e/ou desistentes, dentre os quais podemos citar:

· acompanhamento da participação dos cursistas;

· envio e reenvio de e-mails para os cursistas ausentes, incentivando-os a continuar no curso, informando-lhes sobre as atividades atrasadas, bem como solicitando a sua realização;

· contatos por telefones e presenciais;

· realização de encontros presenciais;

· publicação de notícias no Ambiente Virtual de Aprendizagem/AVA;

· realização de videoconferência; e

· conversa online (chat).

Estas ações realizadas em conjunto com a equipe de profissionais que trabalham com a educação a distância, têm como objetivo evitar a evasão nesta modalidade de ensino, em contrapartida, todos (em especial os cursistas) devem estar cientes de que as instituições envolvidas neste processo, estão em busca de oferecer um ensino de qualidade em todos as modalidades no âmbito nacional.

Em termos de Ead, poderia enfatizar que, o aluno é principal responsável pelo seu aprendizado, e para isso, a autonomia torna-se fundamental para o sucesso acadêmico.



[1] O termo evasão escolar, segundo Duarte (1986, p.76), se dá pelo “Abandono da escola [ou] antes do término do curso”. DUARTE, Sérgio Guerra. Dicionário Brasileiro de Educação. Rio de Janeiro: Antares: Nobel, 1986.


REFERÊNCIAS

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